19.8.05

O fado do Sporting

O Sporting tornou-se-me bem mais simpático desde que adoptou esta postura de clube pobrezinho mas honrado. O problema é que ela não condiz com os pergaminhos do clube, muito menos com o look betinho de que não consegue libertar-se.

A pré-época mostrou que o Sporting voltará provavelmente a estar na corrida pelo título, com uma mão cheia de bons jogadores, um atraente jogo de conjunto e um treinador simpático sempre à beira de um ataque de nervos. Além disso, Peseiro viu-se livre de Rui Jorge e Pedro Barbosa, uma dupla de talentosos trouble-makers muito apreciados pelos adeptos.

Só não percebo porque é que ficou Sá Pinto, o terceiro membro da troika que fazia a vida negra ao técnico. E ainda menos percebo porque é que o treinador põe esse futebolista medíocre a jogar, condenando a equipa a entrar em campo em desvantagem numérica.

Mas o jogo contra a Udinese também sugeriu que, muito provavelmente, o Sporting voltará este ano a não ganhar nada, dado que, pura e simplesmente, carece de vocação para isso.

Há clubes que nasceram para falhar na hora H, lote em que se incluem também grandes emblemas como o Barcelona ou o Arsenal. No futebol como na vida, há uma coisa muito importante que se chama estofo. Ou se tem, ou não se tem.

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