Se é preciso polícia para um jogo de futebol, o clube tem que pagar. Se é preciso polícia para um concerto de rock, a organização tem que pagar. Se é preciso polícia para o aeroporto de Lisboa, a empresa que o gere tem que pagar.
Mas, afinal, haverá alguma coisa que a polícia faça à borla, ou seja, a título de serviço público?
Pelos vistos, os vencimentos pagos aos polícias servem para assegurar que eles vão todos os dias à esquadra - e que por lá se quedam. Mais do que isso, só com subsídios de risco e gratificações. Aqui há uns anos, o governo de Guterres determinou que essas gratificações deveriam pagar IRS. Desde então, os polícias amuaram.
No outro dia, alguém telefonou para a polícia à uma da manhã queixando-se de um desacato em plena rua a apenas duzentos metros da esquadra. Resposta do guarda de serviço: " Não temos nenhum carro-patrulha para enviar."
Preciosa informação. Para a próxima vez que esteja a planear assaltar um banco, telefono primeiro para a esquadra para inquirir se o caminho está livre.
Agora a sério: a mim parece-me muito mal que as esquadras não tenham carros-patrulha. Não que os polícias precisem deles para fazer patrulhas, mas sempre dão jeito para ir ao centro comercial comprar papel e lápis para fazer relatórios.
Um ex-Ministro da Administração Interna, hoje desterrado na Justiça, disse certa vez, irritado: "Esta não é a minha polícia!" Nem dele, nem de ninguém.
22.8.05
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