Rossio, final de uma tarde de Agosto. Turistas melancólicos, possivelmente arrependidos de não terem ido antes passar férias à faixa de Gaza, deambulam entre mendigos dementes que exibem os seus aleijões.
Abundam os pontos de interesse para o visitante curioso: a estação do Rossio fechada sem explicações; a fonte do Rossio pichada com letras cirílicas; o entulho e o lixo acumulados nas ruas circundantes; as igrejas fechadas; as duas enormes barracas de lona ponteagudas, eventualmente recuperadas do cerco turco a Viena; o chulo que conduz um Mercedes descapotável exibindo os decibéis da sua aparelhagem.
Não me lembro de uma Lisboa tão imunda, desmazelada e caótica como esta de Carmona e Santana.
22.8.05
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