Há bem uma dúzia de anos que - Deus me perdoe! - eu não sofria pelo Benfica. Entendam-me bem: eu não alinho com a lamechice do patriotismo futebolístico. Fosse antes o adversário o Ajax, O Milan ou o Liverpool, todos eles clubes do meu coração, e ninguém me pilharia a insultar o árbitro grego por conceder demasiado tempo de desconto.
Mas, ontem, foi assim mesmo: gostei do jogo e gostei do ambiente e gostei de ver o Benfica e gostei de me entusiasmar e gostei da vitória, tal como, confesso, também gostei da derrota do Queirós, um sujeito com quem particularmente embirro.
Agora, aqui entre nós, é altura de reconhecer que o Koeman, frequentemente acusado de não ser um tipo muito esperto, deu ao Benfica uma consistência que há muito tempo ele não tinha - não, meus amigos, nem sequer, no tempo do Trapatonni. Só isso lhe permitiu ganhar a uma equipa de primeiro plano sem contar com os seus dois melhores jogadores, o Simão e o Manuel Fernandes.
8.12.05
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