Tirando um oportuno artigo de António Barreto no Público de hoje, não receberam a atenção devida as altas manobras empresariais fomentadas pelo Governo no sector da energia que esta semana vieram a público.
Trata-se de um gigantesco imbróglio conduzido sob o alto patrocínio do ministro Manuel Pinho envolvendo a Petrogal, a ENI, a Petrangol, a Petrocer, a REN, a EDP, a Nuon, a Iberdrola, o Grupo Amorim, a Argus Resources, o BES, a Fomentinvest e a Fundação Oriente. Implica, nomeadamente, compras e vendas de participações em empresas tuteladas pelo Estado e a construção de uma nova refinaria em Sines.
Estas intempestivas incursões governamentais em processos de arranjo e re-arranjo de grupos económicos portugueses são uma infeliz tradição nacional, com resultados nefastos na competividade das nossas empresas e pesados encargos para os consumidores e para o Estado.
O PS, em particular, parece que nunca aprende, nem sequer estando à vista de todos os resultados das infinitas confusões congeminadas pelo cérebro alucinado do ex-ministro Pina Moura.
Para já, é muito curioso que, ao contrário do que aconteceu com a OTA e o TGV, ninguém peça a este propósito explicações ao Governo sobre o que anda a fazer e quais os relevantes interesses nacionais em jogo.
Voltarei a este assunto com mais vagar numa próxima ocasião.
18.12.05
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário