31.12.05
O esclarecimento que falta
Admitindo como verdadeira a alegação de que o Estado português não ofereceu nenhuma contrapartida à ENI pela desistência do seu direito de aumentar a participação no capital da Petrogal - que pensarão dessa extraordinária delapidação de património os accionistas da empresa italiana? - a pergunta seguinte será esta: estará o Ministro da Economia em condições de desmentir a existência de um acordo privado entre a ENI e o Grupo Amorim para cedência da participação deste aos italianos uma vez esgotado o período de nojo que se impôs, e que, se bem me recordo, durará apenas até 2010? E, se não está, como pode então ele gabar-se publicamente de ter evitado a tomada da Petrogal por interesses maioritariamente estrangeiros?
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