"Depuis la mort de Napoléon, il s'est trouvé un autre homme duquel on parle tous les jours à Moscou comme à Naples, à Londres comme à Vienne, à Paris comme à Calcutta"
Reformou-se rico aos 37 anos de idade, depois de ter composto 39 óperas em 19 anos, tanto sérias como cómicas. Depois disso, o seu talento só produziu mais um Stabat Mater e o tornedó Rossini.
Stendhal, que atravessou a Itália para o encontrar, e depois o seguiu para assistir aos espectáculos que dirigia em pequenos teatros de província, afirmou que não conhecera no país nenhum outro homem de tão brilhante intelecto. Parece certo que Rossini foi simultaneamente o mais inteligente e o mais amável dos músicos.
Passava as manhãs na cama a conversar com uma turba de amigos que recebia no seu quarto. Certa vez que o libretista Totola lhe apareceu com uma versão melhorada do terceiro acto de Moisés no Egipto, Rossini levantou-se da cama em camisa de noite e bastaram-lhe dez minutos para compor uma nova ária, sem precisar de testá-la ao piano e sempre rodeado por uma multidão de pândegos rindo e conversando em voz alta.
Quando Wagner visitou Paris em 1860, ouviu dizer que Rossini gostava de contar anedotas a seu respeito, de modo que não se atreveu a ir visitá-lo. Mas Rossini chamou-o e pediu ao alemão que lhe explicasse as suas ideias sobre a Música do Futuro. No final concluíu humildemente que tinha andado a tentar pôr em prática as doutrinas de Wagner sem o saber.
Embora no seu tempo fosse sobretudo apreciado pelas óperas sérias que compôs, hoje quase só as cómicas continuam a ser representadas, o que contribui para lhe criar uma reputação de músico ligeiro e superficial. "A Italiana em Argel", actualmente em cena no S. Carlos, confirma como é injusta essa apreciação. Na música como nas restantes artes, há muito menos obras-primas cómicas do que sérias.
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