Francamente, não vejo nenhuma razão para quem que seja se ria a propósito da infeliz campanha para a eleição directa do líder do PSD.
Na minha maneira de ver, este é apenas mais um doloroso passo no progressivo e imparável processo de emporcalhamento da vida pública portuguesa. Nos últimos tempos tem tocado ao sistema judicial, chegou agora a vez do segundo maior partido nacional.
O que se lhe seguirá? Não sei, mas algo ou alguém há-de ser, porque a tanto obriga a implacável lógica do populismo televisivo a que ninguém parece capaz de opor-se com êxito.
Parece evidente haver um momento decisivo - um ponto de viragem, digamos assim - a partir do qual a cedência às exigências mediáticas determina a perda de controlo sobre a situação e conduz à total perda de referências e de consideração dos actores envolvidos por si próprios.
Reparem que Filipe Menezes - a quinta essência do homem sem qualidades - é, como antes dele foi Santana Lopes, uma criatura inventada e incessantemente promovida pela televisão, que cobre afanosamente a sua mais insignificante e torpe declaração.
A baixeza atrai a baixeza, essa é que é verdade.
26.9.07
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