26.1.10

Afinal, toda a gente quer emprestar dinheiro à Grécia

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Os investidores internacionais tentaram ontem aplicar 20 mil milhões de euros em obrigações do Estado grego, um valor quatro vezes maior do que a oferta.

Possíveis conclusões:

1. Com esta desproporção entre oferta e procura, é evidente que os gregos poderiam ter angariado a mesma quantia pagando uma taxa de juro consideravalmente mais baixa.

2. As notícias alarmistas que correram nos últimos dias na imprensa internacional pressionaram o Estado grego no sentido de oferecer juros mais atraentes - o que, como agora se viu, não era preciso.

3. Percebe-se que quem compra obrigações em grandes quantidades tenha interesse em alimentar a especulação contra estados soberanos.

4. As agências de rating e os media que contribuem para a criação de um estado de alarme tornam-se suspeitos de cumplicidade com esses movimentos especulativos.

Pensem nisto.
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1 comentário:

Unknown disse...

Teixeira dos Santos previa em Novembro de 2009 um défice 5,9. realidade 9,3 !!!
Por outro lado os juros da dívida grega dispararam após alerta da UE e arrastam Portugal segundo noticia o Jornal de Negócios de hoje.
Alguém acredita que em 2010 com a actividade económica praticamente congelada - PIB c/ crescimento real próximo de zero - e a continuação da rigidez da despesa pública, o defice se fique pelos 8,3 % ? Nem por milagre...
Teixeira dos Santos apela às agências de rating - aquelas que valem o que valem, mas que acabam por fixar os prémios de risco da dívida - para não nos colarem à Grécia. Esquece-se que o deficite triplicou num ano !
Haverá verdadeiramente uma política de contenção sustentada por um acordo político efectivo, ou continuaremos com o habitual descontrolo da despesa pública de há mais de uma década? Além disso a receita fiscal atingiu o tecto máximo, não tem margem para crescer mais!
Igualmente questionável, é o facto de uma parte muito substancial da poítica económica estar fora do orçamento, casos do TGV, construção de novos hospitais e do futuro aeroporto. Isto vai projectar o significativo aumento da dívida pública no futuro e logo os encargos orçamentais futuros com o serviço dessa dívida.
Teixeira dos Santos bem pretende descolar, mas a realidade não o deixa...