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É claro que a responsabilidade principal pelo grande aumento das desigualdades em Portugal cabe em primeiro lugar às classes dirigentes e aos governos do país.
Mas não terão também os sindicatos a sua quota parte de culpa na situação? Afinal, para que servem eles senão para combater as injustiças?
Bem sei que a transformação da estrutura empresarial do país não favoreceu o crescimento da sindicalização, e que a evolução tecnológica e a globalização reduziram o poder negocial dos trabalhadores.
Ainda assim, é difícil entender-se que a base de apoio dos sindicatos portugueses esteja hoje concentrada no funcionalismo público e num reduzido número de empresas públicas.
Percebe-se que esse terreno é o mais fácil para os sindicalistas, mas não certamente aquele em que a sua acção fará mais falta. Como se explica isto?
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17.3.09
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3 comentários:
(base de apoio dos sindicatos portugueses)
Os Sindicatos vão buscar a sua fonte de recrutamento aos grandes empregadores. São "organizações de massas", com uma rigidez que se "dá mal" com as médias e pequenas estruturas, onde a "proximidade com o Patrão" permite a negociação directa e facilita o entendimento.
Os Sindicatos estão irremediavelmente ligados aos trabalhadores efectivos e á permanente "conquista de direitos", actuação que, em tempos de crise, deixa de fora os não empregados e aqueles cuja preocupação é a mera "defesa do posto de trabalho", mesmo à custa da perda de "direitos adquiridos".
"Anónimo, do 1º ao 7º (...)"
Não resisto a deixar-lhe um comentário.
Cada vez tenho menos apreço pelos sindicatos.Por experiência lhe diria que a maior parte dos dirigentes sindicais são short minded e, igualmente por variadas vezes, dei por mim do mesmo lado da guerra mas completamente abismada com as posições. Quando um sindicato põe à frente os interesses particulares (seus enquanto instituição) está tudo dito sobre a necessidade dos mesmos. A mim parece-me que sempre fez mais quem quer do que quem pode. Aliás a maior parte da Jurisprudência reflectiva e séria deriva de acções individuais e não propostas por sindicatos.
Como se explica que esta gente se demita das negociações e não esteja presente em massa (direito que lhes assiste), e a sério sem ser nos telejornais para trabalhador ver,da discussão sobre a legislação laboral e alterações?
Não é assim no resto do "Ocidente")? Em França, em Inglaterra, na Alemanha, mesmo nos EUA (onde, é certo, as coisas nos EUA têm outras proporções)... Não quero dizer com isto, evidentemente, que, por noutros sítios ser parecido, então está bem assim. Mas é todo o movimento sindical que seguiu um caminho "proteccionista" e auto-destrutivo...
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