15.7.09

As coisas como elas são

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À minha volta, certos entendidos, que classificam a crise actual de "extraordinariamente grave", começam um minuto depois a arengar sobre a recuperação de 2010. Ora, não é previsível nenhuma recuperação significativa da conjuntura internacional em 2010, como muito bem nota Martin Wolf no FT de hoje:
"Those who expect a swift return to the business-as-usual of 2006 are fantasists. A slow and difficult recovery, dominated by de-leveraging and deflationary risks, is the most likely prospect. Fiscal deficits will remain huge for years. The alternatives – liquidation of excess debt via either a burst of inflation or mass bankruptcy – will not be permitted. The persistently high unemployment and low growth may even threaten globalisation itself."
Esperam-nos ainda tempos difíceis por mais uns anos. Falta saber se a paciência de muitos não se esgotará entretanto.
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1 comentário:

Anónimo disse...

De facto, as previsões "yo-yo" são pouco credíveis; interessante seria saber que "mecanismos de ajustamento" se pensam para fazer face a um tão longo período recessivo.

"Anónimo do 1º ao 7º(...)"