Pego no novo romance de uma jovem autora portuguesa exposto em lugar de destaque no escaparate da livraria. A crítica (pelo menos uma parte dela) diz maravilhas, e isso despertou a minha curiosidade.
Logo nas primeiras linhas, é tão evidente o esforço para impressionar o leitor com o virtuosismo da autora que eu fico logo de pé atrás. «Vejam só como eu escrevo bem!», eis a mensagem principal que me é gritada de dentro daquelas páginas. Por mim, está dispensada: não preciso de ler mais.
Decididamente, o exibicionismo estilístico, síndrome que infecta uma parte considerável das nossas letras, é a doença infantil da literatura.
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