Foi visível durante a campanha a incomodidade que se gerava nas hostes do Sim cada vez que o lado contrário afirmava ter-se verificado um aumento geral do aborto nos países que procederam à sua despenalização.
A causa da atrapalhação era esta: ninguém jamais vira as tais estatísticas do Eurostat invocadas pelo Não sobre a evolução da interrupção vountária da gravidez.
Posso testemunhar que os colaboradores do blogue Sim no Referendo só tiveram acesso a esses dados na 5ª feira da semana passada, ou seja, a pouco mais de 24 horas do final da campanha.
Imediatamente se constatou que o Não fizera batota, tomando como termos de comparação o ano mais baixo e o ano mais alto das séries estatísticas e seleccionando cuidadosamente os países que lhes dava mais jeito. Pelos vistos, para os responsáveis por essa grosseira manipulação, a verdade não é um valor relevante que deva ser respeitado.
Seja como for, o facto indesmentível é que as estatísticas que teriam permitido desmontar o embuste chegaram tarde de mais. E eu dei comigo a interrogar-me que raio de aparelhos partidários são estes que só conseguem desencantar os dados do Eurostat quando já nada de útil é possível fazer com eles.
Amadorismo, é evidente...
13.2.07
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