10.2.07

Uma campanha

Circunstâncias imprevistas dificultaram ainda mais do que imaginara a minha colaboração no blogue Sim no Referendo.

Resta-me a consolação de constatar que não fiz falta nenhuma - bem pelo contrário.

De todo o modo, foi para mim um prazer militar neste partido que durou o espaço de uma campanha. Fico a pensar, aliás, se um partido que se dissolve ao fim de quinze dias, esgotado o objecto da sua mobilização, não prefigurará de certo modo, o futuro da política democrática nesta era da internet.

Foi também uma honra encontrar-me momentaneamente ao lado de gente não só tão entusiástica, tão capaz e tão dedicada, como ainda, apesar da evidente diversidade de inclinações políticas, capaz de com grande rapidez se entender numa estratégia comum e aplicá-la de forma implacável.

Não foi esta a primeira vez que me encontrei do mesmo lado da barricada que pessoas do outro lado do espectro político, nem será certamente a última, porque a convivência civilizada também passa por aí. Confesso, ainda assim, que esta campanha me deu a oportunidade de pela primeira vez apreciar plenamente o valor de algumas pessoas (incluindo muitas exteriores ao blogue) às quais até agora, por estupidez ou preconceito, não prestara a atenção devida.

Para poder guardar destes dias uma recordação perfeita, só falta agora que os eleitores votem como eu gostaria. Assim seja, que é como quem diz: amen.

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