Passeando ao domingo pela Baixa pombalina, dou comigo a pensar como esta organização estritamente racional do espaço urbano, com as suas ruas rigorosamente perpendiculares e as fachadas tiradas a papel químico (ou copiadas a scanner) é tão alheia ao espírito do país.
Não admira, por isso, que ele reaja com tão estremado nojo a esta violência conceptual. A animosidade da nação contra o Terreiro do Paço assenta, quer-me a mim parecer, numa rejeição de ordem primordialmente estética e metafísica.
5.5.04
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