15.2.05

Entretanto, do lado do PS...

O PS tem muita esperança que o relançamento da Agenda de Lisboa propicie o aparecimento de mais fundos comunitários destinados a incentivar a I&D, a inovação tecnológica e a formação profissional.

Isso cairia que nem sopa no mel para o próximo governo do PS arranjar maneira de financiar o seu «choque tecnológico».

Sucede, porém, que nos últimos 18 anos o país recebeu anualmente fortunas para qualificar as suas empresas e os seus trabalhadores e os resultados só não foram desoladores para os indivíduos e as empresas que se apropriaram indevidamente do grosso desses fundos.

O que é que o PS vai mudar para que, agora, as coisas sejam diferentes? Isso era o que eu, de facto, gostaria de saber.

Outro exemplo. O PS continua justamente preocupado com o deprimente desempenho do nosso sistema educativo, e garante que a sua reanimação é vital para o país dar um salto em frente.

Certo outra vez. Mas que alterações tenciona o PS introduzir na gestão e no financiamento das universidades para assegurar que as coisas vão mudar? E que vai fazer para responsabilizar os conselhos directivos das escolas primárias e secundárias pelos maus resultados que obtêm? Tenciona descentralizar a sua gestão corrente, ou vai continuar a colocar professores nas escolas de todo o país recorrendo a um computador situado na 5 de Outubro?

Os autores do programa do PS continuam a não entender como funciona o mercado nem qual o papel do Estado na promoção do desenvolvimento.

Por isso, cuidam sobretudo de ensinar aos empresários como devem gerir as suas empresas em vez de estudarem a fundo o problema que efectivamente só o Governo pode resolver, que é o de pôr a Administração Pública a trabalhar como deve ser. Sobre isto, não têm absolutamente nada para dizer.

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