Há excelentes razões para a nossa Constituição proibir a coincidência de referendos com actos eleitorais.
Entre elas está o intuito de impedir que se misturem alhos com bogalhos, como recentemente aconteceu nos EUA, onde as pessoas, não por acaso, foram convidadas a votar no mesmo dia um candidato presidencial e a proibição dos casamentos gay.
Eis porém, que, por razões de inaceitável oportunismo político, PS, PSD e PP se põem de acordo para procederem a mais uma alteração ad hoc da Constituição, tendo inclusive o cuidado de impedir que o mesmo princípio se aplique a outros referendos ou aquando de outras eleições que não as autárquicas.
Ou seja, o que interessa é resolver esse probleminha de fazer aprovar à sucapa o tratado constitucional europeu. Estes métodos são revoltantes, mesmo para quem se predispõe a votar «Sim».
São coisas destas que conseguem mergulhar um incorrigível optimista como eu numa profunda depressão.
3.6.05
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