24.7.05
«The thousand million that have never spoken yet»
Free World, de Timothy Garton Ash, um especialista de história contemporânea, propõe-nos uma visão ampla, crítica e lúcida do mundo em que hoje vivemos.
Ash propõe duas teses principais. A primeira, sustenta que, apesar dos perigos que enfrentamos, temos hoje pela frente uma oportunidade singular para expandirmos a liberdade, a democracia e o bem-estar em todo o planeta. A segunda, afirma que, para isso ser possível, é indispensável uma aliança entre a América e a Europa.
Ash, um incorrigível optimista, acredita que uma combinação justa de realismo e idealismo permitir-nos-á superar as presentes dificuldades e construir um mundo melhor.
Pessoalmente, considero que a América exerce um efeito positivo sobre a Europa e vice-versa. Por esse motivo, vejo com apreensão a tendência para seguirem caminhos opostos, algo que só pode contribuir para enfraquecer aquilo a que Ash chama o mundo livre.
O problema é que, nas últimas eleições presidenciais americanas, pode ter sido dado um passo irreversível no sentido do aprofundamento das divergências entre os dois pilares da aliança atlântica.
Resta-nos não apenas esperar, mas trabalhar para que Garton Ash tenha razão.
(Existe um website onde os leitores podem debater entre si os principais temas do livro: freeworldweb.net)
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