«[João Cravinho] mostrou-se convicto que o fenómeno [da corrupção] não é hoje um problema restrito a "um pequeno grupo de pessoas que vão cometendo alguns desvios nesta matéria", mas um "problema de sistema" que foi crescendo com a passagem para a democracia, num processo que "favoreceu o tráfico de influências, a colocação de pessoas em pontos-chave do sistema e a fidelização de clientelas a vários partidos". O resultado é a "captura do Estado", primeiro por grupos isolados, mas com o tempo através mesmo da "partilha de influência, entre grupos, de certos sectores" da administração. (...) Existe hoje "uma corrosão da democracia que, se nada for feito, vai desenvolver-se e profundar-se", até chegarmos a uma "italianização da vida pública portuguesa".»
(João Cravinho, Público, 5.11.06)
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