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Obama tem-se esforçado por fazer aprovar na reunião do G-20 do próximo fim de semana um compromisso comum para uma acção conjunta e decidida de combate à recessão à escala mundial.
Parece provável que consiga o apoio da China e do Japão, mas não dos nossos queridos líderes europeus, os quais permanecem aferrados ao princípio míope do "cada um por si".
O Banco Central Europeu já não tem cara para insistir no risco da inflação (na Espanha os preços estão mesmo a baixar), mas continua-se a desvalorizar a dimensão real da catástrofe económica que sob os nossos olhos diariamente se aprofunda.
O mestre ceromónias que nominalmente dirige a Comissão não faz ondas para assegurar a reeleição. A pacóvia primeira-ministra germânica parece acreditar que os estabilizadores automáticos são suficientes para contrariar a crise. Sarkozy aprova tudo desde que possa aplicar internamente as políticas proteccionistas que lhe asseguram popularidade fácil. Gordon Brown está feliz no seu papel de alegado go-between entre os EUA e Europa, mesmo que ninguém lhe preste muita atenção dum e doutro lado do Atlântico.
Temos eleições europeias dentro de três meses. Faria todo o sentido que as absurdas políticas económicas europeias fossem submetidas a uma crítica implacável. Estarão preocupados com isso os manifestantes que vão desfilar em Londres? O continente europeu está politicamente anestesiado?
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1 comentário:
Dou-lhe toda a razão. Deixei crítica parecida no blogue do público. Mas agora que já teve lugar o G2, pode ser que os outros se entendam.
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