Aqui há coisa de seis meses, a prestimosa corporação dos comentadores demonstrava, com toneladas de argumentos, que Sócrates não passava de uma versão revista e aumentada de Santana.
Afirma agora, com igual convicção, tratar-se antes de uma espécie de Cavaco em segunda edição.
Oh, porque não tenho eu a perspicácia destas sublimes criaturas!
Agora a sério. A mente humana parece que se sente mais tranquila quando consegue reconduzir algo desconhecido a algo familiar. Uma coisa ou alguém só pode ser entendida «como» outra coisa ou outrem.
Acontece, porém, que a identidade só se afirma pelas diferenças, não pelas semelhanças. Assim, para Sócrates, é muito mais importante ser visto como o contrário de Guterres do que como o símile de Cavaco.
Guterrismo de face cavaquista - mas que genial invenção!
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