À atenção da ladroagem. Os jornais citaram recentemente um estudo de uma empresa alemã segundo a qual cerca de um terço das pessoas usam como código dos seus cartões de crédito, do seu telemóvel ou de qualquer outro artefacto a sua data de nascimento ou a dos seus filhos. Vai daí alertavam para os riscos de insegurança inerentes a essa prática.
Tomo nota, mas acrescento que o panorama é muito mais grave do que possa parecer. É que muitas outras pessoas, certamente tantas como as que recorrem à prática anterior, adoptam estratégias ainda mais elementares tais como escolher códigos tipo «0000», «5555» ou «1234», convencidas de que só elas se lembraram disso. Outras ainda escolhem uma sequência de números que desenhe um símbolo no teclado, por exemplo uma cruz: «456852».
Estas opções são escolhidas, por exemplo, por pessoas semi-analfabetas que têm mais facilidade em memorizar desenhos do que números.
Como é que eu sei todas estas coisas? Pois tenho o prazer de informar que estas e muitas outras dicas de valor inestimável para assaltantes são explicadas em detalhe no livro «You must be joking, Mr. Feynman», do célebre prémio Nobel da Física Richard Feynman, o qual se entreteve a estudar as técnicas psicológias de arrombamento de cofres em Los Alamos, quando fez parte da equipa que construiu a primeira bomba atómica. A sua ideia era persuadir os colegas de que os procedimentos de segurança eram muito rudimentares e convencê-los a serem mais cuidadosos.
Depois não digam que não foram avisados!
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