Não, obrigado. Pacheco Pereira lamenta hoje no ABRUPTO o facto de não ser hábito em Portugal os jornais tomarem partido definindo uma linha editorial clara em relação a acontecimentos como a guerra do Iraque, o que dá origem a posições divergentes e, até, a editoriais contraditórios escritos por diferentes posições.
E justifica a sua posição dizendo que «isso clarifica a relação com o leitor». Pela minha parte, se não se importam, eu dispenso bem essa clarificação. Como leitor prefiro conhecer as várias posições e dispenso que me impinjam a do dono. A confusão da pluralidade faz-me bem à cabeça porque me obriga a pensar.
Um jornal, dizia alguém que de repente não consigo identificar, é um país a falar consigo mesmo. Não é, não deve ser, um sujeito a impor a sua fala aos restantes.
Obrigadinho, ó Pacheco, mas por mim fico com estes jornalinhos imperfeitos como o Público, onde até o Director tem direito à sua opinião.
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