8.12.04
Como as coisas se fazem
Na sua edição de 2ª feira, o Diário Económico atribui as seguintes palavras a Santana Lopes durante o comício da véspera na Póvoa do Varzim:
«Há uma pessoa [António Borges] que diz no jornal que é preciso renovar o PSD. Recebi-o há duas ou três semanas e foi dizer-me que gostava muito de colaborar comigo e com o ministro do Ambiente na questão da privatização das Águas de Portugal.»
Como se vê, ninguém pode estar tranquilo quando tem conversas privadas com Santana Lopes, porque ele pode sempre vir cá para fora contar tudo.
Mas, neste caso particular, eu gostaria de saber uma coisa. Borges discutiu com Santana a questão da privatização das Águas de Portugal na qualidade de militante do PSD, na qualidade de vice-Presidente de um banco de investimento (o Goldmann Sachs) interessado na operação de privatização ou, o que é mais natural, em ambas?
A insinuação de Santana sobre o que verdadeiramente interessa a António Borges é evidente, de outro modo não teria revelado o episódio. Que cada qual tire as suas próprias conclusões.
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