Instável, volúvel, infiável, contraditório, volátil, superficial, fútil, inseguro, errático... Estão a falar de Santana ou do PSD?
Por mim, encaro a tragicomédia que vivemos nos últimos quatro meses como a conclusão natural e inevitável de um prolongado processo de maturação que se desenvolveu ao longo das últimas décadas.
No decurso dele, esse enigma chamado PSD surpreendeu-nos continuamente com as suas sucessivas e incongruentes piruetas, os seus intrincados labirintos ideológicos, os seus estados de alma maníaco-depressivos, até que, finalmente, a ténue mas persistente verdade logrou esquivar-se por entre a balbúrdia e emergir triunfante à luz do dia.
O jogo interno das contradições refinou progressivamente o partido, depurando-o do acessório e conduzindo-o a uma síntese superior do seu ser íntimo, à perfeição suprema de que ele é capaz.
O PSD atingiu o seu estado de equilíbrio e revelou ao mundo a sua profunda e genuína essência. Do seu seio emergiu então uma luz tão forte que cega quem se atreve a olhá-la.
O espírito do PPD/ PSD, encarnou - quem poderá negá-lo? - na pessoa de Santana Lopes - mas o problema é que ninguém gosta do que vê. Não será tempo de enterrarem este partido e inventarem outra coisa?
3.12.04
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