«Quanto melhor se conhece Lisboa, menos esta cidade corresponde à expectação provocada pelo seu magnífico aspecto quando vista do rio. Se um viajante pudesse ser transportado, repentinamente e sem prevenção, a muitos pontos da cidade, concluiria com razão que tinha atravessado uma série de aldeias grosseiramente unidas entre si, e dominadas por maciços conventos. As igrejas, em geral, são de péssimo gosto arquitectónico, o gosto de Borromini, com as molduras recortadas, e as repolhudas cornijas e torrinhas um pouco no estilo dos antigos armários de relógio, que Boucher desenhava com muitos arrebiques e floreados, para adornarem os aposentos de madame Pompadour.»
William Beckford: Viagens a Portugal, 1787.
1.7.05
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