The English game follows an old-fashioned military model: managers command, players obey. Mr. Eriksson discovered this in his pre-match chats with individual players. After outlining the opposition's tactics in the player's zone of the field, he would ask: "What would you do?" Often players would reply: "I don't know. You're the boss, Boss."Dir-se-á que isto não é nenhuma novidade para nós, visto que manifestamente a mesma mentalidade prevalece no futebol português, onde, por muito evidente que seja uma falha de posicionamento dos jogadores no campo, eles só se deslocam se o treinador, ou, quando muito, o capitão, mandar.
O problema é que Simon fala-nos da Inglaterra, um país onde supostamente as pessoas desfrutam de largas liberdades e são, por isso mesmo, estimuladas a pensar com a sua própria cabeça.
É claro que essas liberdades existem, mas é também claro que os ingleses, em vez de agirem com autonomia, preferem seguir o sentimento da manada. Basta ver como eles adoram viver em bairros, às vezes gigantescos, compostos de habitações que repetem até ao infinito o mesmo modelo. E isto passa-se não só nos subúrbios habitados pelas classes trabalhadoras, como também nas zonas abastadas de Londres - ou até numa estância de veraneio da nobreza do século XVIII como Bath.
É muito mais fácil conceder total liberdade a um povo quando se sabe de antemão que ele é demasiado medroso para usá-la.
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