31.12.07

Mais forte do que nunca

Na viragem do século o tradicional padrão de especialização da economia portuguesa sofreu um abalo final com o início da recuperação das economias do Leste após uma década de colapso e a penetração dos produtos chineses no mercado europeu.

Não houve nisso nada de imprevisível, mas, como o Estado português optara por tentar adiar a agonia de sectores de actividade sem futuro, a reacção foi tardia e demorada.

De modo que estamos todos em Portugal há uns oito anos a assistir pacientemente à morte de uma economia e à afirmação de outra.

Não por mérito dos governos - como se prova pelo facto de tudo ter sucedido numa situação de quase total paralisia do Ministério da Economia - mas em resultado das iniciativas de inúmeras empresas, o essencial da transformação está agora completado, de tal modo que as indústrias de têxteis e calçados foram já substituídas pelas de máquinas e equipamentos no primeiro lugar das actividades exportadoras.

Isso permite-nos afirmar que, mau-grado as aparências, e independentemente das incidências conjunturais, a economia portuguesa está hoje mais forte do que nunca. Para terem uma ideia mais adequada do que está a suceder recomendo o dossier de hoje do DN dedicado ao surto de empreendedorismo nas indústrias de base biotecnológica.

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