O cancelamento do Rally Lisboa-Dakar (que os media de todo o mundo designam apenas por Rally Dakar) foi o nosso pequeno 11 de Setembro, uma tragédia pequenininha como seria de esperar num país que até em matéria de desastres se contenta com pouca coisa.
No meio dos noticiários ficámos a saber que o Instituto do Turismo, a Câmara de Portimão e outras autarquias avulsas, que haviam atribuído subsídios à organização da prova, ficaram a arder com verbas significativas.
Sendo o Lisboa-Dakar um empreendimento privado com fins lucrativos, cabe perguntar que razões fundamentam essas benévolas transferências do Orçamento do Estado? Como já se sabe que nem a Espanha nem a França nos disputam a partida do rally, só pode ser para evitar que ele fuja para um qualquer país do Leste.
Curioso: subsidiar empregos em fábricas têxteis pouco competitivas é errado; mas subsidiar lucros de empresas promotoras de eventos desportivos para assegurar a sua vinda para Portugal está certo.
7.1.08
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