2.1.08

Será boa ideia polvilhar o país de unidades de saúde?

Às vezes, eu e o Maradona parecemos almas gémeas (palavrões à parte, evidentemente):
"Esta ideia de que o Estado deve ter políticas que "ocupem" o território é do caraças. Gostava imenso de saber como é que se instalou este dever de missão do Estado na cabeça do Pedro Marques Lopes, e, depreendo, aquela outra ideia sua irmã, a de que a desertificação humana de um pedaço de um país e consequente concentração das populações é uma coisa terrível.

"O Estado não deve gerir (ou melhor, deixar gerir) o território racionalmente de modo a que toda a gente beneficie dos recursos de modo mais eficiente. Não. Deve, primeiro que tudo, ocupar o caralho do território. Isto de criar cidades onde se concentrem o maior número de pessoas possivel, que se iniciou há 10 mil anos e tem vindo aacompanhar sem desvio tudo o que associamos a melhor qualidade de vida, foi um erro.

"Supostamente, para o Pedro Marques Lopes um senhor do Estado que veja um pedacinho de país a despovoar-se deve mandar para lá uns serviços do Estado e depois esperar que as pessoas, convencidas e emocionadas, por lá fiquem. Num ponto o Pedro Marques Lopes tem razão: as pessoas em Portugal vivem do Estado, mesmo que contra toda a vontade e realidade. Agora que penso nisso, talvez o plano do Pedro Marques Lopes resultasse, mas, felizmente, esse não é o país que este Governo e eu estamos (em conjunto) empenhados em conservar."
Já agora, uma pequena observação: já repararam que, depois daquela epidemia de há uns meses atrás, deixaram de nascer bébés em ambulâncias?

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