Que fazer? As praxes boçais e humilhantes, a ordinarice que domina os protestos contra as propinas, o folclore saloio da capa e batina, a debilidade intelectual dos dirigentes de associações estudantis financiadas pelo Estado, a falta de carácter revelada por muitos órgãos de gestão universitária – tudo isso nos faz pensar que, longe de se constituirem em centros de irradiação de civilização, as nossas universidades tendem a reproduzir e ampliar de forma caricatural os piores defeitos da sociedade.
Nenhum discurso bem intencionado sobre a importância da educação para o futuro do país consegue resistir a esta poderosa coligação de ignorância, preconceito, egoismo, oportunismo e má-criação. Este é hoje o problema mais grave que temos que enfrentar - e não digam que a culpa é da televisão.
Conhecem a frase les grands esprits se rencontrent? Pois a verdade é que o mesmo se passa com os pequenos e mesquinhos. Decididamente, a estupidez tem um sentido gregário muito desenvolvido.
Que fazer, então? Para já, começar por envergonhá-los a todos publicamente, coisa que, actualmente, em geral não acontece.
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