«Um croissant simples, como? Sem queijo nem fiambre?»
«Exacto. Sem queijo nem fiambre.»
«Mas com manteiga?»
«Não, simples mesmo: sem manteiga.»
«E quer que aqueça?»
«Não, não precisa de aquecer.»
«Mas posso cortar ao meio?»
«OK.»
Apreciei o ar triunfante da empregada, sorrindo intimamente da minha ingenuidade, como quem diz que, afinal, o croissant não era bem simples. Ela sabe de ciência certa que, ao contrário do que eu presumo, nada é simples.
23.10.04
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