O não francês tem toda a lógica. Afinal, com o novo arranjo institucional, a França deixaria, pela primeira vez desde a criação da CEE, de poder comandar a Europa a seu bel-prazer.
Outra questão é saber-se como lá se chegou, ou seja, que pulsões foram activadas para, com argumentos mais ou menos especiosos, se ter conseguido congregar numa mesma frente eleitoral não só estalinistas impenitentes e fascistas reciclados, como ainda numerosos cidadãos bem pensantes que usualmente votam ao centro, à esquerda e também um bocadinho à direita.
As grandes cidades e as regiões mais desenvolvidas votaram sim, as zonas rurais votaram não. Isto não vos faz lembrar um bocadinho as últimas eleições presidenciais americanas? Mais um país refém dos leftovers do progresso.
E agora?
Agora, é preciso saber primeiro o que vai suceder na 4ª feira na Holanda. Se a França ficar isolada, a França tem um problema. Se outros países europeus seguirem o mesmo caminho, a Europa tem um problema.
Por mim, prefiro a primeira alternativa.
30.5.05
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