Amigos aar, aas, caterina, on, Miguel Magalhães e jpt,
Estava eu bem longe de imaginar que um tão modesto post pudesse dar origem a tanto debate.
Perguntam-me alguns de vocês que há de absurdo no artigo do Prof. Rui Pena Pires que há dias citei.
O Prof. Rui Pena Pires é, a meu ver, culpado de armar uma enorme confusão com um mero jogo de palavras. Nada disso teria a menor importância, se não se desse o caso de com isso poder contribuir para (por certo involuntariamente) ridicularizar a luta contra o racismo.
Eu explico-me. É uma rematada tolice afirmar-se, nos dias de hoje, que «as 'raças' são classificações relacionais, não são atributos essenciais e naturais dos seres humanos».
Todos sabemos, bem pelo contrário, que a raça é um atributo natural - ou, mais precisamente, genético - dos seres humanos. Coisa diferente é o valor, eventualmente negativo, que certas pessoas pretendem atribuir a esses caracteres genéticos.
A mesma genética demonstra-nos sem margem para dúvidas que os traços que distinguem as raças são absolutamente marginais, e não essenciais. Logo, a raça é de facto um atributo natural, embora não essencial.
Por essas e outras razões, o racismo de base biológica encontra-se hoje em acentuado declínio, tendendo a ser substituído pelo racismo de base cultural. Suponho ser isso que, muito justamente, preocupa o Prof. Rui Pena Pires.
Acontece que negar a realidade da raça não é o melhor modo de o fazer, visto essa alegação ser patentemente falsa.
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