Não foram nem uma nem duas, mas três, as pessoas que, criticando o meu post de há dias (O luxo da Matemática), chamaram a atenção para o facto de que a aprendizagem da matemática contribui decisivamente para o desenvolvimento das capacidades de raciocínio lógico.
Concordo, evidentemente.
Acredito, todavia, que há outras formas igualmente eficazes de disciplinar o pensamento. Eis algumas:
* Aprender latim
* Dividir orações dos Lusíadas
* Refutar a prova ontológica da existência de Deus de Santo Anselmo
* Jogar xadrez
* Tocar piano ou compor fugas
* Dirigir uma orquestra
* Coleccionar selos
* Organizar um herbário
* Desmontar e montar motores
* Construir maquetas de edifícios
* Resolver puzzles
* Ler romances policiais
* Aprender a contar histórias
* Analisar a composição da Última Ceia de Leonardo da Vinci
* Discutir futebol com o Mourinho
* Explicar o ateísmo a Deus
O interessante é perguntar por que é que, na superstição contempoânea, a matemática ocupa um lugar de indisputada proeminência em relação a estas e outras alternativas.
5.5.05
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