5.5.05

Disciplina táctica e concentração competitiva

Não foram nem uma nem duas, mas três, as pessoas que, criticando o meu post de há dias (O luxo da Matemática), chamaram a atenção para o facto de que a aprendizagem da matemática contribui decisivamente para o desenvolvimento das capacidades de raciocínio lógico.

Concordo, evidentemente.

Acredito, todavia, que há outras formas igualmente eficazes de disciplinar o pensamento. Eis algumas:

* Aprender latim

* Dividir orações dos Lusíadas

* Refutar a prova ontológica da existência de Deus de Santo Anselmo

* Jogar xadrez

* Tocar piano ou compor fugas

* Dirigir uma orquestra

* Coleccionar selos

* Organizar um herbário

* Desmontar e montar motores

* Construir maquetas de edifícios

* Resolver puzzles

* Ler romances policiais

* Aprender a contar histórias

* Analisar a composição da Última Ceia de Leonardo da Vinci

* Discutir futebol com o Mourinho

* Explicar o ateísmo a Deus

O interessante é perguntar por que é que, na superstição contempoânea, a matemática ocupa um lugar de indisputada proeminência em relação a estas e outras alternativas.

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