2.7.08

Bem observado

Lido no Goodnight Moon:
"Nos últimos dias, tem-se debatido muito, aqui e noutros sítios, sobre os índices de literacia científica dos estudantes de 15 anos.

"Mas o que podemos nós dizer sobre as actuais gerações de líderes? Em Portugal, qual é o nível de literacia científica dos juízes, dos deputados, dos governantes ou dos jornalistas, por exemplo?"

5 comentários:

Anónimo disse...

Esqueceu-se de referenciar uma classe essencialíssima: os professores.
Sem eles não há juízes, deputados, governantes ou jornalistas que nos valham.
São eles que dão forma e substância às futuras gerações, mas, paradoxalmente, são eles os mais menosprezados, desvalorizados e negligenciados.
E enquanto as outras classes, sobretudo os governantes, não perceberem isso pouco ou nada se adiantará com a discussão.

jj.amarante disse...

É consolador podermos começar a falar na iliteracia. Até há pouco tempo, num país com tantos analfabetos, não fazia muito sentido.

João Pinto e Castro disse...

"Menosprezados, desvalorizados e negligenciados", os professores, Leonor? Pelo contrário, os professores ganham proporcionalmente mais, trabalham menos e têm mais regalias do que qualquer outra classe profissional em Portugal.

Anónimo disse...

Não sei a que professores se refere, mas não será, seguramente, daqueles que entram às 8h30m e saem às 18h ou 19h e passaram o dia a aturar, educar, formar pestinhas, tentando transmitir-lhes o que não recebem em casa, na rua ou no seio do mundo que os rodeia. Simultaneamente, tem de dar resposta a um sem número de papeis e burocracia infindável, participar em reuniões e iniciativas complementares. Em suma: depende deles o bom funcionamento da escola e o êxito dos alunos.
Esses, valem mais do que o ME lhes paga e mereciam, sobretudo, mais algum respeito e consideração, incluindo meios técnicos e legislativos que lhes permitissem outro modo de actuação.

Já outros, aqueles que entraram na universidade sem rumo e desembocaram no ensino por exclusão de áreas - sem vocação alguma para a função, deviam ser despedidos para se evitar que contaminem a missão de ensinar e formar, continuando a ser co-responsáveis de passagens administrativas - para não lhe chamar coisa pior.

Sibila Publicações disse...

Se me permitem, comento o comentário anterior,
Parece-me que a descrição que faz da profissão de professor é inerente à mesma. É o mesmo que um soldado reclamasse do risco de levar um tiro. Não sou professor, não me parece que leve uma vida mais fácil do que os exemplos que deu, muito pelo contrário. Isso para dizer que todas as profissões implicam sacrifícios e chatices. "Formar pestinhas"... é uma livre escolha. Dar resposta à burocracia, é comum, faz parte. E são os professores dos mais bem pagos da UE.