11.7.08

O Estado da Europa

Garantem-nos que o bloqueamento do Tratado de Lisboa constituiria um sério revés para a Europa e que, se ele não entrar em vigor, se abaterão sobre nós as sete pragas do Egipto.

Porém, a acreditar no que lemos nos jornais, ninguém dedicou ontem uma palavra ao Estado da Europa no debate do Estado da Nação.

Podemos, então, concluir que se trata de um assunto menor que, por isso mesmo, não preocupa nem os governantes nem a oposição.

1 comentário:

Ricardo Costa Ramos disse...

Segundo a teoria da escolha pública, actual, as políticas definidas por estes dois partidos, e mais um, são motivadas não por uma preocupação com o interesse público, mas com os interesses privados dos próprios políticos que os integram, burocratas e grupos de poder «rent-seeking».
Segundo esta teoria «falha governamental» constituiu o argumento necessário para a limitação do Estado e a restrição da acção política - a, só para alguns - através de regras que só eles entendem e para tal criaram as parcerias público/privadas que nada produzem e tudo recebem.
Agora, quanto à teoria das expectativas racionais, ou seja, todos nós, os outros, parecemos Burros frente à manjedoura há espera da palha. Enquanto os nossos, tão queridos, políticos utilizam as políticas públicas como solução para os problemas de maximização individual. Ao fazê-lo, recuperaram a inspiração original da economia do século XVIII, que justapunha a eficiência dos mercados às falhas do governo.

Desculpem o desabafo. Mas fartei-me da hipocrisia destes partidos com assento parlamentar. E ao dizer isto estou-me a referir a todos, mesmo, da esquerda à direita.