
Turner.
"If they can get you asking the wrong questions, they don’t have to worry about answers" Thomas Pynchon
Não consigo contar a estória melhor do que Pedro Santos Guerreiro, Director do Jornal de Negócios:
"[Manuel Fino] entregou quase 10% da Cimpor à Caixa [em pagamento de uma dívida], mas as cláusulas leoninas foram a seu favor. A Caixa pagou mais 25% do que as acções valem; não pode vender as acções durante três anos; e Fino pode recomprar as acções, o que significa que foi a Caixa que ficou com o risco: se as acções desvalorizarem, perde; se valorizarem, Fino pode recomprá-las e ficar com o lucro. Não há dúvidas de que Manuel Fino fez um óptimo negócio e de que zelou pelos seus interesses. Assim como a Caixa - zelou pelos interesses de Manuel Fino."
Os factos são conhecidos desde 2ª feira. Até hoje, porém, não comoveram os nossos media, usualmente tão propensos à indignação. Não fará sentido alguém questionar a administração da Caixa, interrogar o Ministro das Finanças, propor uma comissão de inquérito parlamentar, sei lá?
No momento em que tanto necessitamos de uma intervenção apropriada e rigorosa do Estado na economia, descobrimos que os responsáveis de instituições de relevo como a Caixa não se mostram à altura daquilo que deles temos o direito de esperar.
Isto, sim, é um drama.
"Temos uma crise de líderes no Governo, temos uma crise de líderes nos partidos, temos uma crise de líderes entre os empresários e temos uma crise de líderes nos sindicatos"Ao que parece, no Fórum para a Competitividade discute-se muito o orçamento geral do Estado, a crise do sistema partidário ou a necessidade de alterar a Constituição, sem esquecer a necessidade de renovar o sindicalismo e de reformar os tribunais.
"O estranho na área da ciência e ensino superior é o contraste entre o tratamento de quem entra pela porta da ciência e encontra um Dr. Jekyll e quem está no ensino superior e se vê perante um assustador Mr. Hyde. O estranho é que, tal como no livro de Stevenson, os dois são a mesma pessoa. Uma pessoa que sabe quais são os melhores departamentos em cada área, mas impede que tal se reflicta no respectivo financiamento, expansão de vagas ou no aumento de docentes e investigadores."
"The response to the pay curbs is that the high pay is needed to obtain and reward talent. I think that’s nonsense. Do we really want to reward the “talent” that has just brought down the world economy?"Recomendo a leitura integral do post.
"Sempre que se fala da Qimonda, por vezes até se omite o nome e se diz "o maior exportador nacional". O título é de 2008 e compreende os 1.400 milhões de euros que a Qimonda exportou, e que a coloca à frente da Auto-Europa.Ler ainda um comentário judicioso a este post:
"Agora o que não se diz é que a Qimonda importa 1.100 milhões de euros. Em termos líquidos, o contributo para a balança das exportações é de 300 milhões.
"Como diz o presidente da AICEP, o problema do fecho da Qimonda não é económico, é social. São 1800 postos, que os apregoados compradores das instalações que por aí andam, nem querem ouvir falar."
"Ainda falta o graveto que o governo manda para lá... e quase de certeza n de descontos nos impostos."
"In the UK, prime minister Gordon Brown is reaping the protectionist storm he sowed with his infamous protectionist and xenophobic call for “British jobs for British workers”. What was he thinking? Follow the logic: ‘British jobs for British workers’,'Scottish jobs for Scottish workers’ (along with ‘It’s Scotland’s oil’), ‘Welsh jobs for Welsh workers’ and ‘English jobs for English workers’. Why not London jobs for London Workers, or London jobs for native-born London workers, or even London jobs for white Christian native-born London workers?"