O que acham da ideia de o Estado criar um número de telefone único para onde todos obrigatoriamente ligaríamos quando tivéssemos qualquer problema para resolver?
Quer se tratasse de chamar a polícia ou uma ambulância, de falar com o Ministro da Economia ou com uma funcionária da Câmara Municipal de Pinhel, de chamar a brigada de esgotos da autarquia ou de solicitar uma informação ao ICEP, começaríamos sempre por ligar para lá, e só em seguida seríamos reencaminhados para o serviço competente.
Absurdo, não é verdade?
Todavia, é exactamente isso que o nosso e vários outros governos estão a fazer quando criam os chamados portais do cidadão.
Dir-se-á que é uma maneira de nos ajudar a encontrar o que procuramos no labirinto da net. Mas será que, na era do Googgle, alguém precisa que o Estado, que não sabe o que é feito do seu património imobiliário, nos mostre o caminho?
Com esta técnica de afunilamento, o que se consegue é criar sites pesadíssimos e lentos. Vendo bem, talvez seja mais rápido ir a pé.
Uma das grandes vantagens da internet é promover a descentralização e, por conseguinte, facilitar o contacto directo entre pessoas e instituições. Será que o Estado português não entende isto?
Próximo passo: criar o Blog do Cidadão com base no Abrupto.
25.3.04
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