18.3.04

Visão estratégica

A sagacidade estratégica de Durão Barroso não deixa de me surpreender.

Governamentalmente, ficou refém de Paulo Portas, um indivíduo manifestamente infiável que ele há poucos anos com justiça qualificara de racista social.

Economicamente, vendeu a alma ao pacto de estabilidade quando já era manifesto que ele em breve seria abandonado pelos seus próprios inventores.

Presidencialmente, comprometeu-se com Santana Lopes, o candidato melhor colocado para perder essas eleições.

Internacionalmente, atrelou-se a Aznar e virou as costas ao eixo franco-alemão, para agora ficar irrelevantemente colado à Polónia.

Com sólidos aliados como estes, quem precisa de inimigos?

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