Rui Ramos repete hoje no Público ao seu argumento (ver síntese aqui) de que não temos nada que nos queixar das presentes agruras financeiras, porque, enquanto durou a festa, todos ganhámos com isso.
Ora eu não sei de que festa fala Rui Ramos, porque, comparando os últimos 30 anos com os 30 anos que os precederam:
1. O PIB per capita cresceu menos nos países da OCDE
2. O desemprego aumentou permanentemente para níveis mais elevados
3. As desigualdades económicas e sociais atingiram níveis inauditos desde o período anterior à 2ª guerra mundial
Logo, se houve festa, a maioria de nós não foi decerto convidada.
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2 comentários:
Caro João Pinto e Castro,
o Senhor, obviamente, não sabe do que está a falar.
quem o lê fica com 3 percepções:
1. à 30 anos abandonou-se uma política económica(keynesianismo) numa altura em que ela estava a ter muito sucesso e se mostrava acertada.
2. o liberalismo (a "nova" política ecónomica - "nova" pois são neoclássicos) pouco contribui para a combater os poucos (porque se estava, muito bem, presume-se) problemas que existiam à 30 anos.
3. nos últimos 30 anos uns poucos ganharam mais; a maioria está na mesma.
é caso para perguntar, em que mundo é que o Senhor viveu?
Deve viver no mundo do há.
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