Sobre Campos e Cunha subscrevo totalmente a sua opinião. Como professor, deve ser como aqueles alunos de 20 valores, que postos perante a realidade da vida, não são capazes de decidir. Fazem estudos.
Um exemplo da vida. Sou administrador de uma pequena empresa, da fileira dos materiais de construção,onde o mercado do sector se caracteriza por uma oferta que é, ainda, o dobro da procura. Os preços de venda cairam rapidamente mais de 40%. Mercado bem desregulado e cuja perspectiva de crescimento é mínima.
Desde o início da crise neste sector em 2002 até 2006 tivemos sempre prejuízo. A energia (de origem fóssil) valia 40% do produto final. Cada ano pior. As vendas e os preços a cairem e os custos a aumentar. Em risco 24 postos de trabalho e o património de uma família.
Perante esta situação que fazer? Se o administrador fosse Campos e Cunha, coerentemente zero investimento e talvez rezar.
O que foi feito foi investir numa alternativa energética que reduzisse drasticamente os custos. Investiu-se em equipamentos para uma alternativa energética não fóssil e muito mais económica. Interessava sair da dependência do petróleo, mas o custo era imenso para o volume de negócios da empresa.
Mas, avançou-se e em 2007 já tivemos lucro. Com o terrível aumento do preço de petróleo se não tivessemos investido em 2006, hoje estávamos falidos e com 24 pessoas no desemprego. O investimento está quase pago e existe futuro para a empresa, pois não foi a uma alteração conjuntural a que se deu o resultado. É sustentável.
Ao contrário do Tarzan e do GL,afirmo que invistam o meu dinheiro de contribuinte em investimentos que nos garantam um futuro sustentável. Não o distribuam aos ditos pobres, porque eles não deixarão de ser pobres e muitos mais passarão a sê-lo, se não houver desenvolvimento e criação de emprego.
2.10.08
"Invistam o meu dinheiro de contribuinte em investimentos que nos garantam um futuro sustentável"
Comentário ao meu post "A sombra de um economista" assinado pelo leitor Amílcar Gomes da Silva:
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3 comentários:
"afirmo que invistam o meu dinheiro de contribuinte em investimentos que nos garantam um futuro sustentável. Não o distribuam aos ditos pobres, porque eles não deixarão de ser pobres e muitos mais passarão a sê-lo, se não houver desenvolvimento e criação de emprego."
Não estamos em discordância, Amilcar. Eu me referi no outro post ao TGV e ao Aeroporto, que, na minha (leiga) leitura, são investimentos sustentáveis. Não sei se é por aí que discordamos. Quanto a dar dinheiro aos pobres, depende. Depende das intenções de quem dá. Assistencialismo é que não pode haver. Solidariedade, sim.
O que eu sou mesmo contra é o discurso anti-investimento de partidos que, quando estão no poder, gastam mal.
Parabéns pela história da sua empresa.
cps
Amen,digo eu ao comentário de Amílcar Gomes da Silva. Cumprimentos.
Pois eu acho que há muito investimento público que visa imitar os sintomas do desenvolvimento e não as suas causas.
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