
Poucas coisas me agradam mais do que dizer muito bem de alguém, principalmente quando essa pessoa nunca no passado me dera razões para isso.
Não é fácil um sujeito vir com toda a humildade reconhecer, na fase final de uma vida em que esteve sempre na mó de cima, que se enganou redondamente sobre coisas de primeira importância. Chama-se a isto grandeza de espírito.
Seria eu capaz de algo semelhante? Se calhar, não.
Por outro lado, talvez ele tivesse evitado colocar-se nesta situação se deixasse o Dr. Rui Ramos explicar-lhe que o alegado fracasso da ideologia dos mercados livres é uma conversa de tontinhos ignorantes.
2 comentários:
Prezado Dr. Pinto e Castro
Sou desde há diversos meses frequentador assíduo do seu blog que faz parte dos meus bookmarks e visitas diárias. Embora são seja economista (sou jurista). os seus comentários económicos parecem-me acessíveis a um leigo e sempre recheados de humor.
Nestes termos gostaria de deixar-lhe duas pequenas questões que me inquietam como jurista:
(a) por que é que se diz que um "mercado livre" é um oxímoro (i.e: um termo contraditório em si mesmo)? Por que é que os recursos não são aplicados de acordo com as regras de funcionamento do mercado?
(b) qual é o papel da regulação na manutenção de um mercado? Por que é que se andou a dizer que a regulação era ineficiente durante 15 anos e agora toda a gente clama por regulação?
Atenciosamente,
B.
B.,
a) Não sei quem diz que "mercado livre" é um oxímoro (ou contradição nos termos), nem entendo o que isso possa querer dizer.
b) Não andou "toda a gente" a dizer isso. Basicamente tal opinião era defendida por quem tinha interesse na ausência da regulação, do mesmíssimo modo que, em Portugal, os media não querem a regulação dos media.
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