24.10.08

Há mais alegria por um pecador que se converte do que por cem justos que fazem penitência



Poucas coisas me agradam mais do que dizer muito bem de alguém, principalmente quando essa pessoa nunca no passado me dera razões para isso.

Não é fácil um sujeito vir com toda a humildade reconhecer, na fase final de uma vida em que esteve sempre na mó de cima, que se enganou redondamente sobre coisas de primeira importância. Chama-se a isto grandeza de espírito.

Seria eu capaz de algo semelhante? Se calhar, não.

Por outro lado, talvez ele tivesse evitado colocar-se nesta situação se deixasse o Dr. Rui Ramos explicar-lhe que o alegado fracasso da ideologia dos mercados livres é uma conversa de tontinhos ignorantes.

2 comentários:

Anónimo disse...

Prezado Dr. Pinto e Castro

Sou desde há diversos meses frequentador assíduo do seu blog que faz parte dos meus bookmarks e visitas diárias. Embora são seja economista (sou jurista). os seus comentários económicos parecem-me acessíveis a um leigo e sempre recheados de humor.

Nestes termos gostaria de deixar-lhe duas pequenas questões que me inquietam como jurista:

(a) por que é que se diz que um "mercado livre" é um oxímoro (i.e: um termo contraditório em si mesmo)? Por que é que os recursos não são aplicados de acordo com as regras de funcionamento do mercado?

(b) qual é o papel da regulação na manutenção de um mercado? Por que é que se andou a dizer que a regulação era ineficiente durante 15 anos e agora toda a gente clama por regulação?

Atenciosamente,

B.

João Pinto e Castro disse...

B.,

a) Não sei quem diz que "mercado livre" é um oxímoro (ou contradição nos termos), nem entendo o que isso possa querer dizer.

b) Não andou "toda a gente" a dizer isso. Basicamente tal opinião era defendida por quem tinha interesse na ausência da regulação, do mesmíssimo modo que, em Portugal, os media não querem a regulação dos media.